SORTEIO NO BLOG DA LILITH

4 jan

Eu sei que o blog está para lá de abandonado, mas quero divulgar aqui o sorteio do livro “Pense Magro” que acontecerá, como já diz o título, no blog da Lilith.

O link é: http://novalilith.blogspot.com/2010/12/participem-sorteio-do-livro-pense-magro.html

Eu queria colocar a foto da capa, fazer tudo bonitinho, mas por algum motivo o wordpress não está me deixando enviar a imagem =/

 

Bom, se alguém ler esse post… Corra lá!

POR MIM

22 nov

 

Sabe, as vezes é interessante prestar atenção no que os outros dizem; digo, prestar realmente atenção – em todos os detalhes, a colocação das palavras e principalmente, os significados implícitos que por desatenção não notamos.

 

Hoje tivemos a seguinte conversa, enquanto um estava no banheiro e o outro no quarto:

 

Ele: Queria tanto que alguém estivesse com tesão por mim agora

Eu: Hum

Ele: Que me fizesse um boquete

Eu: Foi isso que você foi procurar na rua

Ele: (algo como “não, mas poderia, aqui é muito caro e não pagaria tanto por tão pouco)

Eu: Engraçado, quando você diz “alguém” é óbvio que está se referindo a mim…

Ele: É. Mas você nunca está

Eu: Como não? Como nunca estou?

Ele: Não está quando eu estou

Eu: Ok. Mas também é curioso pensar no “tesão por mim”, ou seja, eu tenho que estar com tesão Por Você

Ele: Tá, então que você Também estivesse com tesão

Eu: Sei. Mas não anula o seu “Tesão Por Mim”; você nunca está com – ou não aparenta estar, com Tesão Por Mim, mas só tesão.

 

E não sei mais onde foi parar a conversa, quer dizer, acho que ela parou por aí mesmo – pelo menos esse assunto.

 

Depois disso, a despeito de não estar de fato com tesão, fui ao quarto dele convidá-lo para transar… Sim, um agrado – não vejo mal nisso. O problema é que foi razoavelmente estranho, como se as coisas não estivessem se encaixando muito bem (mas ele estava curtindo) e obviamente, não muito depois, tivemos um desentendimento que encerrou o ato.

 

Sei lá, não sei o que ele quer! Vem com uma história de monotonia e depois emenda com coisas que não tem nada haver com sexo. Oi! Acorda! Também não está perfeito pra mim, mas você também está fazendo alguma coisa diferente? Não, né.

 

Não sei, as vezes tenho impressão que as pessoas confundem desejo de agradar, de satisfazer, com obrigação, mas mais do que isso, com passar por cima das suas vontades para atender a outro… E não é porque eu me coloco simplesmente em primeiro lugar, mas acho que ambos devem estar em concordância com relação às coisas, com as vontades (ou não vontades) do outro e se você quer algo diferente, que proponha!

 

Outra coisa que me incomodou demais nessa história, aliás, me incomoda já há algum tempo é o salientei na conversa, o “tesão por mim” (referindo-se a ele) e o “tesão” (vontade sexual sentida por qualquer um dos dois, de qualquer “origem”)… Fico com aquela impressão de que, não que eu tenha, mas que eu possa naturalmente sentir tesão por ele e bom, como ele está ali, satisfazer meu desejo, no entanto, ele terá tesão (independente) e poderá satisfazer-se comigo, mas o mesmo não quer dizer que ele terá tesão Por Mim.

 

Acho que eu quero mais do que isso, do trocar “um favor” de nos satisfazermos, uma vez que gostamos de fazê-lo um com o outro, quero me Sentir deseja e Ser, poder “cuidar” de um sentimento que gerei.

29 DE OUTUBRO, MAIS UM DELES.

29 out

 

Não acredito nisso! Quando eu penso que as coisas podem ser levadas
adiante, que eu sustento essa relação onde me sinto, talvez, em alguma
circunstância confortável, as coisas mudam de caminho e ele, a cada
segundo, me prova que não é assim.

Conto…

Cheguei em casa, um tanto cansada da faculdade, mas algo já me avisava
– como um presentimento, ou talvez uma pequena batida em um histórico
de MSN aberto, que algo não tão novo aconteceria, que eu me chatearia
e tudo o mais… Pois bem, não estava errada! Não fui falar com ele e
ele, não muito demoradamente, veio falar comigo e eu podia sentir em
seus olhos que não estava errada; pouco depois, sai, volta, vai ao
banheiro com desculpas e o telefone toca. É claro, eu não estava
errada.

Mais uma vez, mas dessa vez na minha casa, na minha cara, na minha
companhia, vai procurar uma puta qualquer de sala de bate-papo… Ao
final, desta vez, ao que disse, foi quase assaltado e penso que seria
até bom se de fato tivesse sido – talvez quem sabe aprendesse algo
assim. Volta e tenta buscar meu carinho. Claro, meu carinho. O de quem
sempre está e com promessas sempre estará aqui para recebê-lo.

Mas claro, ainda é pouco, insuficiente e ele precisa “beber” e ainda
mais claro, se há bebida em casa e não é suficiente, é porque a
verdade não é exatamente esta. Ele saiu, mais uma vez – desta vez para
uma festinha universitária, onde provavelmente “paqueraria algumas
meninas bonitinhas” como havia dito há alguns dias atrás. Algumas
cervejas dobram, triplicam e sabe-se lá quantas outras multiplicações
sofreram e ele me volta, ou ele volta, porque não posso dizer “me
volta”…. Para casa com alguma biscate qualquer, com uma desculpa
qualquer.

É, de fato, eu realmente deveria ter ido e visto todo seu “charme”
ébrido e inconveniente sendo jogado para qualquer “bonitinha”, mas
não, idiota!, fiquei aqui e matei minha fome (sabe-se lá de quantas
coisas) com uma forma gigantesca de pipoca – ficando ainda menos
“bonitinha”.

Só um aviso, querido Você, estudantes de intercâmbio estão aqui para
aprender português… E eu, bom, eu, eu não sei se estarei aqui para
sempre.

EU NÃO SOU QUEM EU SOU

13 ago

Ok, é notável que teoricamente eu não sou quem eu sou, ou seja, uso o nickname e estou aqui “escondida” atrás dele, mas não é disso que falo. Na verdade é de poder mostrar quem você é, se satisfazer com isso, se fazer entendida em todos os sentidos possíveis; imagino que as pessoas entendam alguma coisa de mim, aliás, o suficiente para ela não pisarem tão errado comigo, mas no fundo não sabem quem eu sou.
Claro que entendo e acredito que ninguém, principalmente as pessoas genéricas do seu dia a dia, não sabem quem você é lá no fundo, mas as vezes a situação é um pouquinho mais complicada… No meu caso, acredito fortemente, não consigo passar isso pela série de limitações que me estão impostas, aliás, muitas vezes eu não consigo ser eu mesma nem para mim! Terrível, né?

Vou falar aqui de algumas “causas”. Roupas, por exemplo, é uma delas… Você se veste Extamente como gostaria? Sente que suas roupas refletem sua personalidade? Se sim, que ótimo! Mas eu não, infelizmente.
A começar pelo fato de que não encontro as roupas que eu quero (e nem são as da moda, hein!), já que elas não me servem… E as vezes, mesmo que encontre ou até mande fazer, não posso usá-las pelo mínimo de bom senso que existe dentro de mim! Muita gente diria “Nossa, desencana! Se você gosta, vai fundo!”, mas pelo amor, eu não me sinto bem quando olho no espelho e vejo todas as coisas que não gosto sendo escancaradas pra qualquer pessoa na rua.
Já vi várias blogueiras ativistas do fat pried que fazem isso, algumas até acho que ficam legais, mas outras perdem a noção do ridículo as vezes.

Uma situação que aconteceu durante as férias me fez refletir bastante dentro deste tema – até ia comentá-la separadamente aqui, mas acho que se encaixa tão bem nesse assunto…

Um dia estava no banheiro de casa (a dos meus pais), me preparando para tomar banho, quando olhei para a janela e vi uma cena que daria uma ótima foto, daquelas criativas e que, infelizmente, chegam a ser uma piada… Havia duas calcinhas penduradas na grade, as duas bege-chocolate, uma enorme (a minha, óbvio) e uma pequena (a da minha irmã). Seilá, aquela imagem ficou martelando dentro da minha cabeça, do quão ridícula era aquela cena, de quão enorme e anormal eu sou/estou. Por quê a minha tinha que ser a calcinha enorme, gigantesca, feia, bege (aquilo não era uma coincidência, 98% é bege)? Por quê?

Isso me fez lembrar a primeira vez que meu namorado foi na minha casa e passou uma semana… Teve um determinado dia que comecei a ficar preocupada porque minhas calcinhas boas (aquelas que a gente gosta de usar mais) estavam acabando e se eu não as lavasse, logo teria que partir para as chatas e em seguida ficaria sem calcinha alguma! E por quê isso? Porque eu não queria lavar aquelas calcinhas enormes, beges, feias e pendurar no varau que dava justamente para a janela do quarto que ele estava ficando!!! Aliás, nem minhas calças jeans eu queria lavar, porque quando estavam (e estão, né!) no varau era (é) possível perceber ainda melhor quão enormes são.
E para piorar… Um dia abrimos a janela e lá estavam, umas 10 ou mais calcinhas da minha irmã, todas penduradas em fileira, pequenas e coloridas!!! Uma imagem até fotográfica de ser ver… Dito e feito! Ele achou divertido, achou bonito e quis fotografar! O fez, mas eu insisti que apagasse ou nem o fez, não lembro bem o detalhe, mas de qualquer forma se não tem uma foto da situação.

Imaginem como me senti? O cara por quem eu estava loucamente apaixonada, estava interessado em fotografar as calcinhas fofinhas da minha irmã! Não as minhas! Claro, até porque eu não tinha (e ainda acho que não tenho) nenhuma interessante.

E só para contar: nestes 3 anos de “namoro”, já houveram inúmeros varais com fileiras de calcinhas minhas (cores juntas, separadas por cor, uma cor sim e outra não…), mas ele nunca se “motivou” a fotografar tal cena.

Eis então que julho é a época de fazer compras e afins… Eu precisava de lingerie, roupas (calças e blusas), sapatos, bolsas e afins. Não é nem que eu queira (e é lógico que eu quero), mas é que eu realmente preciso. Então minha mãe pediu algumas calcinhas da Demillus (depois preciso fazer um “alarde” sobre a marca) pra mim e minha irmã disse que não queria porque não gostava da marca, aliás, minha mãe me deu algumas que havia comprado para ela e minha irmã indagou sobre a situação… A resposta foi “Ela está precisando, daqui a pouco não vão mais servir pra mim”.
Juro, senti raiva naquele momento! Dela e de mim! Dela porque senti algo como “Já passei dessa fase, agora a gorda escrota da família será ela” (ela fez redução de estômago) e de mim, porque me senti um lixo, como alguém que merece/precisa dos restos dos outros, das últimas coisas na lista do legal, da qualidade, da beleza e afins.

Enfim, lá estava eu com minhas novas calcinhas… Eis que começa a saga pelas calcinhas da minha irmã!
Fomos para outra cidade, e no centro à uma loja tipo atacado de lingerie, olhei por cima e não vi nada pra mim (a despeito de ter comprado 2 sutiãs), mas ela não gostou de nada… Olhamos na C&A, Marisa, Pernambucanas, voltamos para minha cidade, olhamos em 3 lojas diferentes e nada era o que ela queria! NADA! E ela veste M, as vezes P, e no máximo, um G. “Não gosto desse modelo”, “É grande demais”, “A alça é larga”, “A cava é alta”, “Não gosto desse tecido”, “Não quero de lycra”, “Esse algodão é ruim”, “Não quero bege e chocolate porque são feias”, “Não quero colorida porque vai aparecer na roupa”, “Não quero branca porque encarde”… Tem noção?

Além de toda a frescura, aliás, bastante irritante e estafante, o que no final concluí foi que, porra, vestir até o G é brincar de rainha! Você pode escolher qualquer coisa, cor, detalhe, tecido, acabamento e a puta que pariu! Acho que depois de toda irritação que passamos, fiquei com um pouco de inveja dela, afinal, saiu com uma ou outra de estampa linda e pode comprar todas as outras do jeito que queria, com todas suas restrições do inferno!
Eu mal encontro uma que fique realmente confortável, fora que o preço é sempre 2 ou 3 vezes maior do que as dela =/

Lembro que olhando na C&A e Marisa, fiquei apaixonada por vários conjuntos, mas mesmo que comprasse o sutiã (se servisse né, porque uma vez cheguei a experimentar um 48 e isso há anos atrás, quando era menos gorda que agora, e ficou pequeno), não levaria a calcinha e aí já teria perdido praticamente toda a graça… Se for pra descombinar, que seja de maneira discreta!
E o pior é que as peças lá são bemmm mais baratas! Claro, tem umas de baixa qualidade, mas tem umas que são ótimas… Mesmo as de baixa qualidade, pensa, valem o preço pago e pronto.
Um dia, quando eu estiver magra, vou reservar pelo menos uns 200 ou 300 reais e gastar todo só em lingerie bonita e barata!!!

Como o assunto é ser pelas roupas… Problema das calcinhas “resolvido”, chegou a vezes das calças… Ah! As calças. Bom, eu gosto de calça jeans – acho prático, bonito, dá pra ir a praticamente qualquer lugar e dependendo do tecido/modelagem fica legal no corpo.
O problema é que se Qualquer roupa grande já é Difícil, imagina calça jeans! Tanto que quando estava em outra loja, uma bem bacaninha da minha cidade, esperando a moça trazer umas blusas do estoque, notei que atrás mim estava a prateleira das calças jeans e um selinho indicando o tamanho que havia em cada nicho… Não tive muito tempo para olhar, mas só vi até o 46.
E minhas amigas, 46 não passa nem dos meus joelhos! Se eu fosse 46, nem reclamaria tanto… Mas eis que sou 58/60!
Um pouco antes de ir para lá, estava praticamente evitando sair de casa, porque todas minhas calças já estavam rasgadas entre as pernas (o que acontece praticamente com todas gordinhas e também com algumas magras de pernas grossas) e isso chega em um limite que é impossível usar, porque começa esfregar na pele até arranhar e depois arrancá-la e ficar em carne viva =/
Como disse, é difícil achar calça, portanto, só comprava em um lugar, uma loja da fábrica… Estive lá no começo do ano, mas as peças ficaram pequenas ou grandes demais (sim, o suficiente pra não ficar legal mandando apertar para todos os lados), então fiquei só com as que já tinha… Chegando na tal loja, a dona veio se explicar falando uma monte de enrolações, enfim, parece que a loja fechou.

Gente, sério, surtei internamente! E agora, o que vou vestir? Sim, ainda estou pensando nisso, a despeito de ter inventado um absurdo para a improvisação… Estou usando por baixo do jeans uma legging capri… Imagina a hora que esquentar mais que agora!!!
Não vou dizer que está confortável, mas está menos pior que sem ela. No entanto, não sei quanto tempo isso irá durar…
Pensei em levar as calças para remendar, mas acho que já estão rasgadas demais para tanto e fora a vergonha né, e mais, a vergonha de chegar lá e a costureira dizer que não tem como.

Por fim, para finalizar esse post já enorme, conto uma situação em quem tentei ser mais eu…
Estava comprando tênis acompanhada do meu namorado, mas com o orçamento meio baixo e as opções poucas; tinha tido uns 3 tênis da Fila, marca que adoro os modelos, mas que é um lixo que não chega durar 1 ano… Daí ele começou a dizer que eu deveria pegar x modelo de x marca, porque tinha um preço razoável e era durável… No entanto, o modelo é masculino!
Mas masculino Mesmo e não com cara de unissex… Outra coisa a se pensar é que tenho poucos sapatos e praticamente vou A TODO LUGAR de tênis, então, como eu ia escolher aquela coisa masculina que não combinava COMIGO e nem com nada?
Bati o pé e disse que não levaria, que preferia ficar com outro modelo que era um pouco mais do meu agrado, ainda que não durasse tanto… Expliquei a situação de estar sempre com o calçado e tal, mas queria ter podido dizer muito mais.. O quanto eu sou privada de usar o que gosto, seja por não ter do meu tamanho, eu não conseguir usar ou não ter como comprar… Que eu já usava tanta coisa só porque servia e as vezes nem gostava tanto, portanto, aquilo eu não poderia fazer, não poderia sair por aí com um tênis masculino e me sentir ainda mais menos eu.. Me tornando alguém sem combinações, sem gostos, sem estilo e praticamente masculinizada.

APARECI!

13 ago

Já faz um século que não escrevo aqui, né; e também já faz um tempão que tenho quisto escrever, mas sempre deixo para lá – vou ver um seriado, dormir, comer (é! terrível, né), me engajar em uma conversa as vezes nem tão legal no orkut ou no twitter… Nas férias eu decidi que só faria o que quisesse, sem compromissos, para ver se aliviava todo o stress que passei durante o semestre, mas acredito que agora, já passada as férias, eu esteja fugindo.
Bom, mas agora chegou a hora! Inclusive tem alguns textos que escrevi anteriormente e não publiquei, mas que farei logo logo – talvez até menos na sequência deste.

Tem tantas coisas para falar, que nem sei por onde começar… Taaaantas coisas que queria comentar. Acho que farei por tópicos, até mesmo de forma um pouquinho aleatória.

Ah! Fiquei tão feliz que recebi meu primeiro comentário, da Janaína! Retribuirei com certeza!

Espero que mais pessoas apareçam ;}

Outra coisa… Adorei esse layout porque é bem clean, mas não estou conseguindo modificá-lo e nem adicionar blogs amigos. Vou dar um jeito!

UM TANTO PERDIDA

17 jun

Eu tenho um monte, um monteee mesmo de trabalhos para fazer e alguns deles nem sei por onde começar. Sabe quando você senta que está tudo errado? Então!
Enquanto isso, faço uma maratona do seriado Lipstick Jungle – que por sinal, pode ser levemente depressivo, levanto em conta que só tem mulheres lindas, bem cuidadas e bem sucedidas.

Que droga! Não consigo me concentrar e fazer as coisas, aí me largo e fico vendo seriados. Falando nisso, essa história de “me largar” acho que está sendo um problema, realmente estou me largando mais do que o normal e do que deveria… Meu quarto está uma zona, meu banheiro está uma zona, passei semanas com as unhas da mão compridas e todas lascadas e um dia me dei conta que já fazia 3 que não tomava banho (era final de semana ou feriado, pelo menos ninguém teve que conviver assim comigo)!!!! Um absurdo!

Lembro de um post da “Dona Dieta” (que excluiu seu blog) que falava sobre isso, de quando a gente se larga de tal maneira que esquece até dos habitos de higiênie básicos como tomar banho; quando me dei conta que poderiam colocar uma foto minha naquele post, entrei no banho e fiz uma maratona de cuidados, mas ainda há coisas por fazer e como estou tão enrolada com a faculdade e com eu mesma, estou prorrogando para não sei quando – e espero que não demore muito.

Acho que a iluminação do meu banheiro é terrível e por isso não reparo em alguns detalhes, mas as vezes pego um espelhinho de mão ou olho no espelho do carro com aquela claridade e toda e vejo o quanto os pelinhos da minha sobrancelha estão revoltos ou quanto os monstruosos pelos do meu rosto estão denunciando meu descaso e o tempo que não pego um pote de cera nas mão. Sim, eu tenho muitos pelos no rosto e odeio mortalmente isso!
Assim que puder, quero fazer depilação a laser, mas enquanto isso sou amiga da cera e me preocupo com a origem desses demônios (cada vez vejo uma informação nova, uma mais assustadora que a outra!).

Queria um espelho grande, que pegasse o corpo todo, para pendurar aqui no meu quarto; acho que faz muita falta! Passei todo esse tempo convivendo com o espelho do banheiro e as vezes quando me deparo com minha imagem em um grande, quero quebrá-lo usando eu mesma – assim já acaba com duas merdas de uma vez! É sério.
As vezes me arrumo, me olho e me sinto bem, mas quando posso me olhar mais friamente em um desses grandes ou com uma boa iluminação, então, fico pensando que pessoa é essa que os outros estão vendo quando falam comigo ou me olham na rua.

[Que droga, puxei em querer o fio do pc em quanto escrevia e perdi um bocado do texto!]

Sim, porque eu tenho plena consciência de que não é agradável ficar vendo gente gorda por aí, principalmente as muito gordas (que é meu caso). Leio vários blogs de gordinhas, inclusive aqueles que querem exaltá-las e tal, até acho legal, principalmente porque é um espaço que incentiva que as pessoas cuidem de si e também é ótimos para trocar idéias, mas realmente não tolero essa exaltação da pessoa gorda. Sabe como é?
Aquelas pessoas que dizem que gordo é lindo e afins. Tenho certeza que muitos vão me criticar por isso, mas acho gordo horrível… mesmo!
E quando vem então com aquela história de modelo plus size e blablablá? Gente, já vi modelos plus lindíssimas sim, mas não as acho gordas! São plus em relação ao padrão de modelo, que veste de 34 a 38; pra mim, de modo algum, uma pessoa que veste 42/44 é gorda – e convenhamos, este é normalmente o manequim dessas modelos.

Além de ter um rosto lindo, tem um corpo bonito e que possibilita que usem praticamente todos os tipos de roupas; é quase como se pegasse uma Brooke Shields ou Isabela Fiorentino e fosse aumentando, aumentando e aumentando – tudo aumenta junto, não tem sobras em um lugar ou outro, é homogênio. rs. Literalmente um mulherão! Que me faz lembram facilmente a Mônia Belucci, principalmente no filme “Malena”.

Nem vou falar das mulheres que são feias pra caramba e se acham as lindas, as modelos plus size e não se dão conta que não seriam minimamente bonitas nem se usassem manequeim 36.

Ai… Desviei completamente de tudo que eu iria falar, do que na verdade me impulsionou a começar escrever =/

Resumindo. Acho que essa falta de concentração e vontade em fazer meus trabalhos não está só nisso, está também na minha vida! Quero emagrecer, não aguento mais e me odeio gorda, mas nunca começo, nunca me organizo. Não sei mais.

Antes de começar a escrever estava vendo fotos de conhecidos e pensamendo na minha formatura, tentando idealizar meu vestido e surtando com o fato da luta que será para comprar um ou mesmo fazê-lo (parece que nunca sai direito, né?) e pensando também nas fotos. Se eu não emagrecer até lá, no mínimo 30 quilos, é óbvio que vou ficar um monstro nas fotos, mesmo se todas forem só de rosto, porque agora inventou de surgir um leve papinho.

Surtei!

Tá, depois volto a escrever… Já escrevi demais e começou a martelação na obra ao lado da minha casa (aka grudada no meu quarto!).

O COMEÇO ou O DESABAFO

26 maio

Nem sei por onde começar isso, já que o começo deveria ser interessante e explicado tudo – desde o começo. Mas parece que já comecei tantas vezes, e em todas elas só virei a página, coloquei um marcador e deixei este livro em algum canto qualquer porque não queria de fato lê-lo; era importante e sempre, normalmente mais de uma vez por dia, aquelas passagens já lidas voltavam à minha memória… Eu não queria reabrir, ler, vivenciar mais uma vezes todas as frustrações e nem mesmo lutar e sofrer.

Ninguém quer sofrer, não? Ninguém quer jogar xadrez, mesmo que só pra passar o tempo, e perder – e é isso que acontece comigo; não quero perder, mas sinto que estou perdendo o tempo inteiro, mesmo quando não estou jogando.
Hoje poderia ser mais um daqueles dias, que depois de pensar nas minhas tristezas antes de dormir, sonho com minhas angústias e acordo sofrendo, brigando e me desintendendo. Não! Não estou fazendo isso sozinha, meu grau de insanidade não chegou ainda até aí.

Eu tenho um namorado… Na verdade não é um namorado, é uma pessoa minha amiga/de quem eu gosto/que supostamente gosta de mim/com quem eu transo/divido coisas pessoais; na próxima semana fará três anos que estamos juntos, mas desde o primeiro dia que nos vimos fui avisada de que ele nunca namoraria, nós nunca namorariamos, porque acha desnecessário e blablablá.
Minha tristeza do momento está relacionada à essa pessoa, mas não só à ela. É tudo, são todos e sou eu.

Acordei lhe contando que havia sonhado que mais uma vez brigava com alguma mulher, claro, que estava dando em cima dele e ele dela. Ah! Sim, esse sonho é frequente e a realização dele… também.
Brigamos porque ele diz que ao invés de eu lutar para que esse tipo de coisa não aconteça, eu prefiro lutar (fisicamente) com as mulheres nos meus sonhos. Por fim, a conversa tomou tantas proporções que nem consigo detalhar aqui, mas ele me culpa pela situação e por eu me sentir assim; ele sempre diz que eu não o satisfaço e não procuro fazê-lo, que me faço de coitada, mas a culpa é minha por saber que não estou agradando e não tento agradar.

Para ser mais clara. Ele deixa sempre bem claro que não sou atraente, que não tem desejo sexual por mim (entenda-se: não olha pra mim e me deseja, mas faz sexo por gostar do ato comigo e por ter carinho) e sim, ele irá procurar isso em outras mulher porque eu não atendo seus desejos. Bom, não que ele também não veja tentando deixar claro que mesmo que eu fosse um espetáculo, ele iria atrás de outras mulheres – não duvido, mas as vezes tenho minhas dúvidas se seria tão intenso como é agora.
Parte da briga, inclusive a que ele não quis dar muita atenção, é que essa situação (de dar em cima de outras mulheres e principalmente fazê-lo na minha cara), foi sobre isso sempre ter acontecido e ele dizer que o faz pelos motivos que já citei. Ok, mas ele sempre fez, desde o começo, mesmo quando parecia realmente gostar de mim (em todos os aspectos) e não haviam cobranças e nem promessas.

Sobre cobranças e promessas. De uns tempos para cá ele tem cobrado para que eu emagreça, para que eu seja gostosa e magra; muitas vezes diz que esse é problema entre nós, que é pelo excesso de peso que não me deseja.
As promessas vieram depois, mas vinculadas a isso. Explico. Em alguma determinada época, ele começou a me, realmente, atormentar sobre meu peso e inclusive usava sempre isso para me chatear, provocar e maltratar. Ok, eu não sou burra e sei que estou gorda, mas acho que qualquer pessoal no mundo consegue compreender a diferença em algum dizer que você é/está gorda de uma pessoa dizendo isso para te machucar. Enfim…
Como se já não bastasse o tormento constante e várias situações realmente machucantes, nós estávamos andando de moto (uma moto pequena, bem vagabundinha) e ele teve a brilhante idéia de subir uma rua bastante ingrime… É óbvio que caimos!
Como eu estava na garupa a culpa foi plenamente direcionada a mim, claro. Porque eu quem fez a moto cair, eu que a desequilibrei… etc.

Nesses dias, por pressão dele, prometi que emagreceria até o final do ano (que seria o do ano passado, 2009) para que pudessemos novamente andar naquela moto. Não emagreci!
Eu tentei, mas não consegui, lembro até de passar algumas semanas comendo pouquíssimo e depois me pesando… algumas vezes a balança nem se mexia, em outras o peso até aumentava. Muitas vezes desisti, cansei.
Toda essa situação tem me assombrado como um fantasma… Inúmeras vezes senti culpa em comer qualquer coisa que fosse, mesmo uma fruta; senti culpa e estive absurdamente envergonha de comer na frente dele – também porque sentia que estava me vigiando o tempo todo, regulando tudo que eu comia, olhando criticamente. Expliquei pra ele, me pediu desculpas e parou um pouco.

Mas sua frustração nunca passou, nem a agressividade gerada por ela.

Sinto que esse texto está ficando enorme e confuso, mas preciso falar, então vou encarar um “fluxo de consciência”.

Depois vieram as conversas, as desculpas, a suposta compreensão e mais uma promessa… Desta vez, a de que “emagreceria e ficaria gostasa” até minha formatura (no começo de 2011); e ele está aqui, me cobrando o tempo todo, por eu não ter emagrecido ainda e nem estar gostosa.

Sabe… Eu quis, quis muito! Mas tem hora que já nem sei mais, tem horas que penso que quero sim emagrecer, mas não por e nem só por ele. Me dói tanto essas cobranças, essa faixa em grandes letras dizendo “Eu não gosto do que você é, só vou gostar se você mudar”.
Até queria ser seilá como para agradá-lo, queria tanto agradá-lo, mas parece que cada vez fica mais difícil porque toda essa tristeza me consome, me fere, me para.

Quando vejo minhas fotos de criança, realmente não me acho tão gorda como pintavam na minha cabeça! Meus primos eram magérrimos, minha melhor amiga era ainda mais gorda que eu…
Eu sempre fui bastante convicta nas minhas opiniões e mesmo quando não achava que precisava emagrecer, quando achava que estava bem e não via motivos para não continuar daquele modo, quiseram fazer com que eu acreditasse que estava errada, que deveria me tratar e mudar. Mudar em todos os sentidos, deixar de ser tão convicta e tão gorda.
Minha mãe, uma mulher muito gorda, repetiu pra mim um sem número de vezes que nunca ninguém gostaria de mim, não do jeito que eu era (e sou). Eu tinha que mudar!

Um dia alguém realmente pareceu gostar de mim, apaixonado e que faria qualquer coisa pra estar comigo… Cinco minutos depois eu não tinha mais certeza, já que ele estava assustado com meu tamanho. Sim, ele realmente disse “assustado”.
Mas a susto parecia ter passado e que havia muito mais do que meu peso… Agora só consigo pensar que minha mãe estava certa – nunca, ninguém vai gostar de mim se eu for/continuar sendo o que sou.

E sabe o que é pior? Eu não sou quem eu sou!
Não faço as coisas que quero, me frustro constantemente. Não olho no espelho e vejo quem eu vejo na minha cabeça sempre que penso em mim. Não me visto como quero e meus planos nunca saem como deveriam sair.

Queria escrever muito mais, mas esse texto já ficou embaralhado demais.